Em apoio ao MTCS de Valinhos, AMARRIBO Brasil encaminha carta à Câmara de Valinhos

A AMARRIBO Brasil endereçou uma carta à Câmara Municipal de Valinhos (SP), nessa semana, esclarecendo sobre a importância das liberdades democráticas e de expressão, assim como a transparência dos órgãos públicos e ampla participação da sociedade civil no controle das contas públicas. A necessidade da produção do documento surgiu devido às dificuldades enfrentadas pela ONG Movimento Transparência e Controle Social (MTCS) de Valinhos, criada a fim de fazer o controle social na administração pública, em realizar seu trabalho. Confira a carta na íntegra:

À Câmara Municipal de Valinhos

Ilmo. Presidente Sr. Lourivaldo Messias de Oliveira

A AMARRIBO Brasil cumprimenta os representantes dessa Casa, em nome do Sr. Presidente, e informa que, enquanto representante da Transparência Internacional no Brasil, deseja reiterar sua atuação pelas liberdades democráticas, liberdade de expressão, liberdade de ir e vir, conforme reza a Constituição Federal, transparência dos órgãos públicos e ampla participação da sociedade civil, no controle das contas públicas.

O MTCS (Movimento pela Transparência e Controle Social-Valinhos, é uma organização em formação, que nasce inspirada no trabalho da AMARRIBO Brasil e será membro integrante da sua rede. Com objetivos de fazer o controle social na administração pública, seja Executivo ou Legislativo, já vem causando desconfortos, aos que ocupam cadeiras na administração pública.

Lamentamos o ocorrido na Casa do Povo de Valinhos e trazemos à reflexão dos envolvidos, principalmente dos servidores e representantes do povo, os senhores vereadores, alguns pontos importantes para zelarmos pela boa prestação de serviços públicos. A Câmara existe para representar o cidadão nas nobres funções de fiscalizar o Executivo e fazer leis para o bem comum. Nessas responsabilidades e dentro dos princípios democráticos que nos rege a Constituição Federal, o cidadão é bem vindo às dependências da Câmara, assim como, as dependências públicas, sendo construídas e sustentadas com o dinheiro do cidadão, são pertencentes a ele, cidadão, que deve ter as portas abertas da sua casa, para ouvi-lo.

Lamentamos os fatos ocorridos, porque vemos que o cidadão de Valinhos não tem sido respeitado nesses princípios de liberdades democráticas e tenta-se desviar os objetivos, para acusações pessoais, as quais, não entraremos no mérito, pois as mesmas poderão ser esclarecidas na justiça e as gravações existentes, são suficientes para que a verdade prevaleça.

Reiteramos nosso apoio a jovem ONG MTCS que mesmo iniciante, já contribuiu para que fosse votada na Câmara, a regulamentação da Lei de Acesso a Informação, que ainda aguarda ser sancionada.

Nessa aprovação da lei, vemos cumprido o papel dos vereadores, trazendo uma importante contribuição de suas gestões enquanto parlamentares. Esperamos que mais vezes possamos cumprimentar a Câmara de Valinhos por contribuições como essa, e não pelas ocorrências lamentáveis, envolvendo cidadãos que só querem ver um país mais justo, transparente e democrático. Nesse sentido, reitero a solicitação da MTCS para a Câmara de Valinhos, nos seus itens de permitir ao cidadão, o exercício de sua cidadania, transcrito abaixo:

  1. Permitir a entrada livre de todo e qualquer cidadão que deseje adentrar em espaço público de membros eleitos pelo povo;
  2. Permitir a utilização de espaço público por qualquer pessoa ou organização que objetive realizar evento ou ato de interesse público, independentemente de possuir CNPJ ou estatuto social;
  3. Não esconder sua identidade no exercício de suas funções públicas;
  4. Respeitar as prerrogativas de advogados em exercício de suas funções, que segundo Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, não podem ser impedidos de entrar em qualquer repartição pública (art. 7º) e devem ser tratados com respeito (art 6º).
  5. Não tentar intimidar cidadãos e advogados de exercerem seus direitos à livre expressão e acesso à informação, por meio de ameaça de cometimento de crime, de desacato a funcionários públicos – tipificação penal de caráter repressivo, reprovada internacionalmente no âmbito interamericano de direitos humanos e que já foi rejeitada pelo atual projeto de reforma do código penal pátrio.

Aos acima, acrescentamos: Permitir aos cidadãos e membros das organizações da sociedade civil, em geral, utilizarem o plenário da Câmara para pronunciamentos, conforme registros de solicitações na secretaria da Câmara.

Certos de sua análise, aos pontos acima solicitados, agradecemos.

Atenciosamente,

Leo Roberto Galdino Torresan – Presidente AMARRIBO Brasil

 

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Participantes de debate sobre tribunais de contas cobram mais transparência, conselheiros com perfil adequado e ouvidoria

Os participantes do debate “Tribunal de contas, esses ilustres desconhecidos”, ocorrido nesta segunda-feira,18, em São Paulo, concordaram que é preciso aproximar estes órgãos de fiscalização da administração pública da sociedade, ampliando a transparência e tornando-os acessíveis ao cidadão.

Entre as medidas defendidas no encontro estão a instalação de ouvidorias em tribunais de contas, como o de São Paulo, que ainda não possuem esse instrumento de diálogo com a população, e o estabelecimento de critérios para que os conselheiros indicados para os cargos atendam as exigências definidas na Constituição Federal.

“Não há cumprimento das regras para preenchimento das vagas dos tribunais de contas”, constatou Caio Magri, gerente executivo de Políticas Públicas do Instituto Ethos.

Para o professor Marco Antonio Carvalho Teixeira, do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), “o principal cliente dos tribunais de contas é o cidadão e, só depois, o Poder Legislativo”.

Ele lembrou que em dezembro abrirá uma vaga no Tribunal de Contas Municipal de São Paulo (TCM-SP), com a aposentadoria de um dos atuais conselheiros. “Talvez o mais importante neste processo seja discutir o perfil do futuro ocupante do cargo”, sugeriu.

Teixeira criticou o fato de o TCM-SP não ter uma ouvidoria, “para escutar a sociedade”.

De acordo com a Constituição Federal de 1988, os conselheiros precisam cumprir diversos requisitos para serem nomeados, entre os quais:
– ter idoneidade moral e reputação ilibada;
– notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;
– e mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no item anterior.

Integrante de uma das mesas do evento, o conselheiro do TCM-SP Maurício Faria destacou o momento que o tribunal está vivendo, com a abertura de uma vaga no Conselho. “Caberá ao Legislativo [Câmara Municipal] propor e aprovar o nome”, explicou.

Na opinião de Faria, a atuação da sociedade sobre o perfil do futuro conselheiro deverá ser feita junto à Câmara Municipal e ao prefeito, Fernando Haddad. “Embora, nesta vaga, a atribuição [de indicar] seja do Legislativo, a opinião do prefeito tem um peso importante”, ponderou.

O conselheiro reconhece que “a ausência de uma ouvidoria no TCM paulistano é uma grande limitação”.

Outro problema apontado por ele é o fato de a aplicação da Lei de Acesso à Informação não estar ainda regulamentada pelo Tribunal de Contas Municipal.

O TCM-SP é um órgão colegiado composto por cinco integrantes (conselheiros). Possui 532 funcionários e orçamento de R$ 252.620.000,00 em 2013.

Marcos Alcyr Brito de Oliveira, presidente do Sindilex (Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas do Município de São Paulo), defendeu a ampliação da transparência ativa e passiva dos tribunais de contas. Segundo ele, os órgãos deveriam disponibilizar relatórios e informações à sociedade. “O grande papel dos tribunais de contas é fomentar o exercício da cidadania”, considerou.

Experiência do Sul

Durante o evento, o presidente do Tribunal de Contas do Tribunal do Rio Grande do Sul (TCE-RS), Cezar Miola, relatou a experiência do órgão que preside. Lá a ouvidoria já existe há 10 anos e também houve avanços na ampliação da transparência.

O TCE-RS teve papel importante no questionamento do preço da passagem do transporte público em Porto Alegre, que recuou de R$ 3,05 para os atuais R$ 2,80.

Para o mediador do evento, Maurício Broinizi Pereira, coordenador executivo da Rede Nossa São Paulo, a partir do debate, “a ideia é fazer avançar o TCM-SP e contribuir com o construção de um sistema nacional de controle externo das contas públicas”.  

Ao final do encontro, ele propôs a formação de uma comissão para elaborar o perfil do futuro ocupante da vaga que será aberta no Tribunal de Contas paulistano.Promovido pela Rede Nossa São Paulo, Instituto Ethos e Curso de Graduação em Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), o debate “Tribunais de contas, esses ilustres desconhecidos” contou com o apoio do SINDILEX (Sindicato dos Servidores da Câmara e do Tribunal de 

Contas do Município de São Paulo) e do MCCE-SP – Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

Também participaram do evento: Diogo Roberto Ringenberg, presidente da Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon), Amauri Perusso, presidente da Federação Nacional das Entidades dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil (Fenastc), Antonio Carlos Fernandes Lima Junior, presidente da Confederação dos Servidores do Poder Legislativo e Tribunais de Contas do Brasil (Confelegis), Luciano Santos, coordenador Estadual do Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral de São Paulo (MCCE-SP), Alexandre Sarchis, da Associação de Auditores do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), e Gustavo Fernandes, professor e técnico do TCE-SP.

Fonte: Nossa São Paulo

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Escolha de conselheiro de Tribunais de Contas: uma questão de moral (e Cívica)

Campo fértil para uma reflexão moral é a política – notadamente a brasileira, onde os vetores adotados nem sempre convergem para o interesse comum. Numa sociedade democrática, cidadãos e governantes se veem diante de situações que lhes oferecem adotar múltiplas alternativas, mas nem sempre dispõem de clareza moral para fazer a escolha mais correta, capaz de proporcionar a concretização de uma sociedade justa. Somos todos signatários de um contrato social (Rosseau, Do Contrato Social), por meio do qual poderosos e fracos e ricos e pobres submetem-se às mesmas leis, à mesma constituição, cujo povo é soberano – devendo seus representantes eleitos, nada mais, nada menos, que agir segundo a sua vontade.

 

Fato que tem colocado à prova todas as teorias morais – e republicanas – é o processo de escolha de conselheiros dos Tribunais de Contas. A Constituição Federal estabelece que esses “magistrados” serão indicados, proporcionalmente, pelos Poderes Executivo e Legislativo, dentre brasileiros que possuam idoneidade moral e reputação ilibada, além de notórios conhecimentos jurídicos, ou contábeis, ou econômicos e financeiros ou de administração pública.

Historicamente, tais requisitos vêm sendo sistematicamente vilipendiados. Num odioso fisiologismo e corporativismo, Executivo e Legislativo têm preenchido esses cargos por apadrinhados políticos, geralmente ocupantes de cargos de secretariado, e por deputados – apesar de a muitos deles faltar o indispensável conhecimento técnico ou atributos de ordem moral.

Estudo da Associação Nacional do Ministério Público de Contas realizado em 2011 indicou que 48 dos 240 ministros e conselheiros de Tribunais de Contas já foram ou estavam sendo processados por envolvimento em atos de corrupção, como nepotismo, desvio de recursos públicos, tráfico de influência, fraude em licitações e superfaturamento.

No Espírito Santo, o cenário não é diferente. Em 2011, o conselheiro Umberto Messias de Souza, que então presidia o Tribunal de Contas do Estado (TCEES), foi condenado a dois anos e seis meses de prisão pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo crime de receptação qualificada. Ele recebeu dinheiro de operações fraudulentas de aquisição de créditos tributários de ICMS entre a Samarco Mineração S/A e a Centrais Elétricas S/A (Escelsa) num esquema milionário de desvio de recursos públicos. Em 2012, outro conselheiro, Marcos Miranda Madureira, teve o ato de nomeação anulado por decisão judicial por ter cobrado, quando ainda era diretor do Departamento de Estrada e Rodagem (DER-ES), comissão sobre contrato firmado pelo órgão. Madureira estava na Corte de Contas desde 2000 e também chegou a presidi-la, no biênio 2008/2009.

Atualmente, dentre os sete conselheiros que compõem a corte, um deles – Valci José Ferreira de Souza – está afastado do cargo desde 2007 por determinação do STJ por participação no chamado “Esquema das Associações”, fraude que desviou R$ 10,6 milhões em recursos públicos. Outros quatro respondem a ação de improbidade administrativa. No momento do afastamento, Valci estava na presidência do Tribunal – num mandato iniciado em 2001 e que vinha sendo renovado a cada dois anos.

Essa situação é resultado da prevalência da escolha política em detrimento da escolha técnica dos conselheiros. Reflete, nitidamente, os interesses que se quer ver resguardados pelos Poderes intervenientes no processo. Os conselheiros dos Tribunais de Contas são responsáveis pela fiscalização da execução e aplicação dos recursos públicos estaduais e municipais, mas por vezes funcionam como fiéis garantidores do cumprimento de dívidas eleitorais. Por essa razão, deputados e governador não se intimidam em indicar para o cargo pessoas dispostas a alimentar o fisiologismo à custa de recursos compulsoriamente obtidos dos cidadãos.

Nesse momento, sucumbem quaisquer princípios de ordem moral ou de justiça. Nega-se aos participantes do contrato social a justa igualdade de oportunidades, pois que reduzem-se as hipóteses de indicação aos apaniguados políticos ou parlamentares -geralmente, em final de carreira. É o que se verificou na recente escolha do deputado Sérgio Manoel Nader Borges pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Ales). Ele foi o vencedor de uma disputa com outros 19 candidatos, vários deles com invejável currículo técnico e sem qualquer mácula de ordem moral. Venceu o poder avassalador do corporativismo, resquício de um regime autoritário onde a meritocracia não é relevante para o acesso a cargos públicos.

O escolhido responde a duas ações de improbidade administrativa. Numa delas é acusado, juntamente com outros dezoito então deputados, de participação no mesmo esquema fraudulento Samarco/Escelsa pelo qual já foi condenado, criminalmente, o conselheiro Umberto Messias. O então deputado e hoje conselheiro recebeu, por meio de conta de laranja, R$ 30 mil como pagamento por seu voto para assegurar a reeleição de José Carlos Gratz para a presidência da Ales, em dezembro de 2000, ameaçada pelo envolvimento de seu nome na CPI do Narcotráfico. Noutra ação, Sérgio Borges foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo pelo recebimento indevido de diárias pagas pelo então presidente Gratz para se manter à frente do Legislativo estadual. O novo conselheiro responde ainda a uma ação criminal movida pelo Ministério Público Federal pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em razão de movimentação irregular de valor advindo da fraudulenta aquisição de créditos de ICMS já referida.

Apesar de todas essas acusações – ressaltando-se a existência de condenação por órgão colegiado, que o torna inelegível para concorrer a cargo eletivo (Lei da Ficha Limpa) e até mesmo ocupar cargo público no Executivo estadual -, ele foi indicado pela Ales ao cargo de conselheiro. Para a Assembleia Legislativa do Espírito Santo, ele é idôneo moralmente para julgar as contas dos demais gestores públicos capixabas. A escolha, selada por alianças políticas partidárias que visam fechar apoios para a campanha eleitoral do ano vindouro, demonstra quão longe está a verdade – nem tão escondida, mas camuflada por discursos demagógicos, apoiados em suposto resguardo do direito individual e fundamental da presunção de inocência.

Tudo isso leva a uma constatação fática sabida, mas difícil de ser admitida. A velha política capixaba permanece inalterada; mudou apenas o grupo dominante. Se outrora os cabeças do crime organizado no Estado, à frente do Poder Legislativo, subjugavam o Poder Executivo pela força e chantagem, a partir de sua queda, impulsionada pela ganância e sensação de impunidade, os papéis se inverteram. O Executivo passou a subjugar o Legislativo pela vontade, mediante a divisão dos bônus pelo exercício do poder, unindo aliados e oposição – enfraquecendo, assim, a consolidação do Estado de Direito mediante a transversa mitigação do sistema da tripartição de poderes (Montesquieu, O Espírito das Leis).

O elo entre velho e o novo grupo político dominante no Espírito Santo não é apenas o deputado Sérgio Borges, líder da bancada do PMDB de 2001 a 2011, vice-líder de Governo na Ales até março de 2012 e, até ser indicado para o TCEES, líder do Governo indicado pelo atual governador. Os interesses de ambos os grupos também são os mesmos. Ameaçados pela “Operação Derrama”, que levou à cadeia diversos prefeitos, trabalharam pela queda dos seus principais atores – primeiramente por meio da exoneração do Secretário de Segurança Henrique Herkenhoff, cujo trabalho resultou na prisão, dentre outros, da ex-prefeita de Itapemirim Norma Ayub, mulher do presidente da Ales, Theodorico Ferraço.

Recentemente, os interesses comuns dos dois grupos voltaram à tona com as articulações que impediram a recondução de Sebastião Carlos Ranna de Macedo à presidência do TCEES. A questão da escolha de conselheiro dos tribunais de contas há muito deixou de permear apenas o campo jurídico – devendo, primeiramente, passar pelo crivo dos critérios da moral e justiça. Não devemos nos resignar diante da corrupção, sob a alegação de que ela é cultural, histórica.

Devemos, pois, reviver o “sonho de democracia” (El País) experimentado nos meados deste ano e exigir das nossas instituições que promovam justiça: “estamos cansados de viver aprisionados numa caverna” e de “sermos sombras na parede” (Platão, A República) e aprendemos a ver as coisas como elas são. A sociedade exige – e o povo brasileiro merece – que o Tribunal de Contas seja reinventado, que deixe de ser a chancela das mazelas com o dinheiro público.

Para isso urge seja aprovada o proposta de emenda constitucional, apresentada neste ano pelos Deputados da Frente Nacional Mista de Combate à Corrupção, que exige ficha limpa e critérios de competência técnica para a nomeação de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e municípios. Essa é a única forma de eliminar o círculo vicioso e histórico gerado pelo defeito moral de nossos políticos e de elevar o Tribunal de Contas à condição de órgão vital do Estado, conforme idealizado por Rui Barbosa há mais de um século.

Fonte: Luciano Vieira/Blog do Estadão

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Prisão de “mensaleiros” é um marco e abre precedente, dizem analistas

Oito anos depois da denúncia, o processo do mensalão começa a ter seu desfecho com as condenações e primeiras prisões dos envolvidos no esquema. Antes disso, poucos imaginavam que o processo, um dos mais emblemáticos da luta contra a corrupção no Brasil, pudesse terminar com políticos do alto escalão condenados e presos.

Para especialistas ouvidos pela DW Brasil, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) é também simbólica e, ao mesmo tempo, um marco na história do Judiciário. Ela abre precedentes num país onde a tradição era não prender políticos, principalmente do alto escalão, envolvidos em casos de corrupção.

"As condenações do mensalão vão gerar uma mudança cultural muito grande no país. Pela primeira vez na história o STF condena políticos de alto escalão e os manda para a prisão", diz Josmar Verillo, vice-presidente da Amarribo, braço brasileiro da ONG Transparência Internacional. "Essa decisão tem um efeito educativo muito grande, também de inibir a corrupção, e vai abrir um precedente muito grande."

O professor de comunicação política Roberto Gondo, da Universidade Mackenzie, diz que, com a condenação dos acusados, criou-se um novo momento paradigmático, que explicita que a prática ilícita de desvio de verbas e a má utilização de recursos públicos, bem como o tráfico de influência, são passíveis de punição, mesmo quando os acusados pertencem aos altos escalões da República.

"Dessa forma, é possível afirmar que o processo de julgamento do mensalão contribuiu positivamente para elevar a preocupação dos demais atores políticos com relação à sua atuação no poder público", afirma Gondo.

Ele diz, ainda, que a imagem do Poder Judiciário como instância legítima e idônea tende a aumentar depois das condenações. Mas o julgamento do mensalão ainda não é suficiente para fomentar por completo um sentimento de rigor no combate da corrupção no país, opina.

"É um processo lento e cultural, que deverá ser absorvido pela população, no sentido de acompanhar de modo mais rigoroso seus representantes e pressionar por intermédio dos meios disponíveis a apuração dos fatos e possíveis condenações", diz Gondo.

Prisão domiciliar seria vista como "pizza"

Gil Castelo Branco, fundador e secretário-geral da Associação Contas Abertas, diz que apenas 1.479 pessoas estão presas por crimes contra a administração pública – como, por exemplo, peculato, concussão e corrupção passiva. O número representa apenas 0,3% do total de presos no Brasil e mostra a dificuldade e a lentidão da Justiça.

"Não há, no Brasil, uma cultura histórica de se punir crimes de corrupção. É muito mais usual punir um ladrão que roubou a uma pessoa do que o roubo ao Estado", afirma Castelo Branco. "Mas quem rouba ao Estado rouba a todos nós. Por isso esses crimes deveriam ter prioridade de julgamento, já que eles são muito mais graves do que o crime contra somente uma pessoa."

O especialista diz que, além de servir de alerta para os políticos, a prisão de alguns "mensaleiros" deve mudar o estigma de que a Justiça brasileira condena somente negros e pobres. Ele espera que as condenações da alta cúpula política não sejam todas revertidas em prisão domiciliar. "Se acontecer, isso será visto como 'pizza' pela sociedade brasileira."

Mensalão em Minas Gerais deve ser julgado em 2014

A expectativa dos brasileiros é que o julgamento do mensalão não seja um caso isolado. Há vários outros casos de corrupção ainda parados na Justiça, principalmente envolvendo políticos.

Um deles é o chamado "mensalão tucano", que deverá ser julgado ainda em 2014 pelo STF. Segundo o Ministério Público, trata-se de um esquema de desvio de dinheiro envolvendo empresas públicas de Minas Gerais para o financiamento da reeleição do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998.
"Esse e outros casos também precisam ser julgados, tais como os processos de centenas de políticos que respondem a diversos crimes no STF", defende Castelo Branco. "Há uma expectativa da sociedade de que esses fatos sejam um marco e sirvam de advertência para políticos que achavam que tudo era possível em nome da política, até mesmo a constituição de um caixa dois."

Para o especialista, a prisão dos políticos do mensalão mostra a solidificação da democracia brasileira, já que instituições dos três poderes funcionaram de forma exemplar. Ele cita a atuação do STF de forma transparente, com sessões televisionadas; e as prisões efetuadas pela Polícia Federal, que é um órgão do Poder Executivo, com implicações no Poder Legislativo.

"Todos os poderes da República se viram envolvidos nesta decisão e funcionaram, mesmo que alguns possam criticar um rigor maior ou menor. Mas o fato é que os poderes atuaram e chegaram a essa decisão, que tem um cunho democrático. Isso mostra como a democracia brasileira está amadurecida, apesar de ser ser recente”, conclui Castelo Branco.

Fonte: Deutsche Welle
Originalmente publicado em: http://goo.gl/S9Hrwh

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Do ativismo virtual as mudanças reais: o poder da internet

A internet tem sido palco de manifestações da sociedade civil e de engajamento político. De acordo com um relatório da Change.org – plataforma de petições virtuais – o Brasil teve um crescimento recorde este ano, com um aumento de 646% de participantes nas petições online.

De acordo com o relatório as campanhas que mais geram impacto são focadas, com pedidos concretos e pressionam tomadores de decisão locais, que afetam diretamente a realidade dos usuários envolvidos.  Entre elas está a campanha iniciada por uma estudante universitária em Santa Catarina. No abaixo-assinado era solicitado que os vereadores de Balneário Camboriú arquivassem o PL que limitava o uso de bicicletas, skates e patins na cidade.  Após mais de 8 mil apoiadores um vereador apresentou um substitutivo  ao projeto de lei, deixando livre a circulação dos meios de transporte alternativos no município.

Outra campanha vitoriosa foi a do salvamento de árvores em São Paulo. Com mais de 10 mil assinaturas a prefeitura decidiu que das 30 árvores que seriam retiradas de uma avenida, 27 continuarão no local.

Das cinco maiores campanhas na Change.org em todo o mundo, o Brasil está em segundo lugar com o abaixo-assinado contra a PEC 37, criada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, reunindo mais de 460 mil apoiadores. Além do abaixo-assinado foi feita uma intensa mobilização por diversas organizações e entidades para conscientizar a população e cobrar posicionamento dos deputados. A mobilização aliada a petição virtual fez com que a Proposta de Emenda Constitucional fosse rejeitada pelos deputados. 

Outra plataforma de abaixo-assinados que mantém um grande número de usuários brasileiros é a Avaaz, que recebeu a petição pela aprovação da Lei da Ficha Limpa, uma campanha bem-sucedida que envolveu todo o país e foi fortalecida com as ferramentas virtuais. Mais de 2 milhões de pessoas assinaram a petição virtual e demonstraram  apoio a iniciativa. Já a coleta de assinaturas nas ruas somou 1,6 milhão de pessoas. O trabalho online não exclui a necessidade da iniciativa presencial.

Para Sandro Meireles, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), as petições online auxiliam na divulgação do tema que se pretende trabalhar. “Um dos benefícios da coleta de assinaturas eletrônica é a propagação da campanha no meio eletrônico. É bom lembrarmos que a tag "Ficha Limpa" (#FichaLimpa) foi a mais compartilhada durante dois dias em todo o planeta, o que ocorreu logo após a aprovação da lei, em 2010”.

Atualmente é possível assinar o Projeto pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, que pretende atingir diretamente as causas da corrupção como o atual sistema eleitoral e seu financiamento. Os sites Avaaz.org e EleiçõesLimpas.org estão habilitados para realizar a conferência automática dos nomes dos assinantes e seus respectivos números de título de eleitor com o banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral. A campanha já reuniu mais de 300 mil assinaturas em meio digital. “As assinaturas eletrônicas servirão como pressão. Pretendemos coletar um montante superior a 1,5 milhão de assinaturas pelos formulários em papel, mas acreditamos que este número também possa ser expressivo na coleta eletrônica”, disse Sandro.

A Constituição permite a sociedade apresentar um projeto de lei desde que tenha, no mínimo, 1% de assinaturas do eleitorado nacional, distribuídos pelo menos por cinco Estados. Porém, ainda não existe uma legislação que ampare a coleta de assinaturas em meio virtual. Os abaixo-assinados online podem servir de apoio na divulgação, contabilização e coleta mais rápidas de assinaturas, mas para serem bem sucedidos devem estar acompanhados de forte mobilização social e acompanhamento do assunto em questão.  “Acreditamos que o resultado positivo deva obrigatoriamente passar pela mobilização nas ruas. Somente com a coleta nas ruas, praças, faculdades, poderemos conscientizar a sociedade e chegar à mobilização e à politização do assunto”, conclui Sandro.

Atualmente tramitam no Congresso algumas Propostas de Emendas à Constituição e Projetos de Lei que favorecem a participação de cidadão no processo legislativo brasileiro, seja diminuindo a exigência do número de assinaturas ou através da validação de assinaturas por meio eletrônico. Entre elas a PEC 15/2013, que pretende regulamentar o exercício da iniciativa popular, inclusive mediante meios eletrônicos, criando a solicitação de urgência para essas proposições em tramitação no Congresso Nacional ou qualquer das suas Casas.

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TRE-SP indefere registro de candidatura da prefeita de Ibaté

O Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo (TRE-SP) manteve na semana passada o indeferimento do registro de candidatura da prefeita de Ibaté. O Tribunal considerou caracterizada a existência de relação de união estável entre a pré-candidata, atual prefeita, Lucieni Spilla Ferrari (PSBD) e o ex-prefeito da cidade, José Luiz Parella (PSDB), o que a torna inelegível.

O prefeito e o vice-prefeito eleitos no município de Ibaté nas eleições de 2012 foram cassados em 2 de maio de 2013 por terem se beneficiado de propaganda da prefeitura do município – então governado por José Luiz Parella – para sua campanha política, caracterizando-se, assim, abuso de poder político e econômico. Em virtude desta cassação, foram realizadas novas eleições no município, em 6 de outubro de 2013.

O registro da então pré-candidata ao cargo de prefeita do município de Ibaté nas eleições suplementares foi indeferido em primeira instância, e ela apresentou recurso ao TRE-SP. No entanto, conforme é permitido pela legislação eleitoral (artigo 16-A da Lei 9.504/1997), a candidata realizou todos os atos relativos à campanha eleitoral e foi eleita prefeita nas eleições de 6 de outubro de 2013.

Na sessão do TRE-SP em que o recurso foi julgado, o Procurador Regional Eleitoral André de Carvalho Ramos afirmou que a existência de união estável entre a pré-candidata, ora prefeita, e o ex-prefeito do município acarreta a sua inelegibilidade, nos termos do artigo 14, § 7º da Constituição Federal. O referido artigo reputa inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção do Prefeito e de ocupantes de outros cargos eletivos. Há jurisprudência consolidada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no sentido de que a relação de união estável atrai a incidência da inelegibilidade do artigo 14, § 7º da Constituição Federal. O Procurador ressaltou que a intenção do constituinte foi vedar o exercício continuado do poder por membros da mesma família ou de parentes por afinidade, bem como evitar a indevida interferência do poder político nas disputas eleitorais.

A relação de união estável entre a atual prefeita e o ex-prefeito ficou caracterizada pois, além do longo período de relacionamento, ambos apresentavam-se aos munícipes de Ibaté como mantendo relação de união estável.
Deste modo, o TRE acolheu o parecer da PRE-SP e manteve indeferido o registro de candidatura da atual prefeita, Lucieni Spilla. Pode haver recurso da decisão.

Fonte: Procuradoria Reginal Eleitoral em São Paulo

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Semana da Transparência Orçamentária

A cidade de São Paulo receberá, entre os dias 25 e 29 de novembro, a Semana da Transparência Orçamentária, que tem como objetivo sensibilizar atores públicos, organizações da sociedade civil e cidadãos para a importância de se promover avanços na abertura dos orçamentos de todas as esferas de governo, possibilitando maior controle social do orçamento público. A iniciativa é da Escola do Parlamento com o Instituto Ethos e a RETPS (Rede pela Transparência e Participação Social).

Dentro da programação será realizado na segunda-feira, 25, às 14h, o seminário “Copa 2014: como está este jogo em São Paulo?”. O seminário faz parte de uma sequência de 12 encontros públicos, que estão sendo realizados pelo Projeto Jogos Limpos, do Instituto Ethos, no decorrer do ano de 2013 e 2014, em todas as cidades-sede da Copa de 2014.

O projeto busca acordos com empresas, compromissos de transparência entre governantes e oferecerá ferramentas para ações coletivas de vigilância, monitoramento e controle social sobre os investimentos destinados para a Copa do Mundo de 2014, para a Olimpíada e a Paraolimpíada de 2016.

A Semana contará ainda com Oficina de Ativismo Orçamentário para capacitar lideranças comunitárias, dirigentes de ONGs e cidadãos interessados no tema em como realizar, na prática, o monitoramento da execução orçamentária.

Mais informações sobre a Oficina de Ativismo Orçamentário podem ser obtidas aqui.

SERVIÇO:

Evento: Semana da Transparência Orçamentária
Data: 25 a 29 de novembro
Horário: 9h às 21h30
Local: Câmara Municipal de São Paulo e Telecentro Olido Cibernarium
Endereço: Viaduto Jacareí, 100 – Plenário 1º de Maio – Bela Vista e 
Avenida São João, 473 – República
Inscrições: para o seminário de abertura http://goo.gl/2K79hH. Para a oficina http://goo.gl/JB0kMK
Informações: (11) 3396-4020 ou escoladoparlamento@camara.sp.gov.br

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Senado decide o fim do voto secreto hoje

Está prevista para esta quarta-feira, 20, no Senado, a votação final da Proposta de Emenda à Constituição do Voto Aberto, a PEC 43/2013. A emenda propõe sejam extintas as votações secretas em todas as decisões do Senado, Câmara dos Deputados, Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais.

Na semana passada o texto foi aprovado pelos senadores em primeiro turno com 54 votos a favor, 10 contra e uma abstenção.

Veja os votos dos senadores na votação em primeiro turno aqui.

O fim do secreto parlamentar no poder legislativo das três esferas de governo, nas sessões ordinárias e extraordinárias, inclusive para cassação de mandato foi uma das propostas mais votadas, e defendidas pela ABRACCI – Associação Brasileira de Combate à Corrupção e a Impunidade – na Consocial – Conferência Nacional de Transparência e Controle Social.

A expectativa é para que na votação decisiva seja mantido o voto aberto amplo e irrestrito, não fazendo diferenciação se a matéria envolve autoridades ou temas polêmicos.

Apesar de ainda não ser consenso entre os senadores, mesmo em tempos em que a transparência é premissa exigida pela população, algumas Câmara Municipais já aderiram ao Voto Aberto. É o caso de Ribeirão Bonito, onde desde 2003 todas as votações do legislativo são abertas. De acordo com o diretor da Amarribo Brasil, Sérgio Ronco, o fato ocorreu durante a cassação de um vereador. “Foi por pura pressão popular e também pela mobilização que a Amarribo fez”, contou. Desde então o voto deixou de ser secreto para todas as matérias, com exceção ao título de cidadania.

Segundo Ronco, a transparência não tem sido um problema para os vereadores de Ribeirão Bonito. “Os vereadores não sofrem retaliação por parte do Executivo que passou a respeitar a opinião e o voto de cada parlamentar”, disse. Além de Ribeirão Bonito, outras cidades como Porto Velho (RO), Patos (PB) também adotaram o voto aberto.

O fim do voto secreto possibilitará que os eleitores saibam como votam seus candidatos. Certamente, a votação às claras poderá evitar casos como o da absolvição do deputado federal Natan Donadon pelo processo de cassação de mandato – condenado Supremo Tribunal Federal –, uma vez que os votantes estarão expostos aos olhos atentos do povo.

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Seminário de Transparência e Controle Social

O MTCS – Movimento pela Transparência e Controle Social de Valinhos realiza neste sábado, 23 de novembro, o I Seminário de Transparência e Controle Social.

No evento serão tratados temas de interesse público, como o Sistema Único de Saúde (SUS), os direitos do cidadão, a atuação do Ministério Público como aliado da população, e a importância da transparência e do controle social da população. Palestrantes de várias diferentes de atuação participarão do seminário.

O encontro que é aberto ao público e pode ser um grande passo para que a população compreenda a importância da participação e de haver um controle dos cidadãos em relação às atividades do poder público, ajudando, assim, no desenvolvimento da cidade, do Estado e até mesmo do País.

Confira a programação completa aqui.

SERVIÇO:
Evento: I Seminário de Transparência e Controle Social
Data: 23 de novembro
Horário: 8h30 às 12h30
Local: Salão nobre do Fundo Social de  Solidariedade de Valinhos (antiga Câmara Municipal) Endereço: Rua José Milani nº 15, Centro
Informações: http://mtcs-valinhos.blogspot.com.br/

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Organizações assinam carta de apoio ao combate à corrupção

A AMARRIBO Brasil e outras dezenas e organizações e cidadãos assinam a carta de apoio ao combate à corrupção em São Paulo, na semana passada. O documento, de iniciativa da Rede Nossa São Paulo e do Instituto Ethos, defende o prosseguimento e o fortalecimento das investigações da Controladoria Geral do Município (CGM).

Citando o atual caso de desvio do Imposto Sobre Serviços (ISS), que pode ter desviado dos cofres públicos R$ 500 milhões, a carta aberta afirma que “é hora de dar um basta à corrupção e à inação diante do descalabro instalado em vários setores dos poderes públicos”.

Tendo como título “Todo apoio à CGM e ao combate à corrupção em São Paulo”, o documento lembra que a cidade tem um déficit de 150 mil vagas em creches, um sistema de saúde pública insuficiente, um transporte coletivo precário e o maior número de domicílios em favelas do país. Enquanto “quadrilhas encasteladas na administração pública e protegidas por esquemas políticos assaltavam, há vários anos, os cofres públicos”.

O texto propõe o completo esclarecimento de tudo o que está sendo investigado, assim como sejam punidos todos os agentes públicos e privados envolvidos no roubo e que todos estes valores sejam devidamente ressarcidos aos cofres públicos.

Por fim, defende a total transparência e controle social dos poderes públicos.

A carta aberta continua recebendo adesões. Para isso é preciso é preciso informar o nome completo da organização ou da pessoa para Andrea Magri: andrea@isps.org.br.

Leia a íntegra do documento e vejam quem são os signatários: http://goo.gl/mutMmT

Fonte: Com Airton Goes/ Nossa São Paulo

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