Índice de Percepção da Corrupção 2013 será lançado em dezembro

A Transparência Internacional, organização internacional de combate à corrupção que a AMARRIBO representa no Brasil, lançará, no próximo dia 3 de dezembro, a 19ª edição do o Índice de Percepção da Corrupção.

Este ano foram avaliados 177 países pela percepção dos níveis de corrupção no setor público. A classificação é baseada em 13 estudos com avaliações de especialistas e opiniões de empresários. O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) é o principal indicador mundial de corrupção no setor público. Anualmente ele se torna um suporte prático para verificação do nível de corrupção nas regiões do globo, possibilitando a comparação entre os países.

A AMARRIBO Brasil disponibilizará o material em português e estará disponível para entrevistas e esclarecimento de dúvidas. Será realizada uma coletiva de imprensa na data do lançamento, com local e horário ainda a confirmar.

No ano passado, no ranking com 176 países, o Brasil ficou em 69º lugar, com 43 pontos, quando o zero representa o país mais corrupto e o 100 o país mais íntegro. Já em 2011 o Brasil obteve a 73º colocação. Confira aqui.

Qual será a pontuação do Brasil neste ano? O País está fazendo o suficiente para acabar com a corrupção?

Opine, interaja e acompanhe os resultados nas redes sociais com  a hashtag #stopthecorruption.

Assessoria de Imprensa:

Lirian Pádua
lirianpadua@amarribo.com.br

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Promotor recomenda extinção de mandato de vereador por improbidade

O promotor de Justiça Reuder Cavalcante Motta enviou ofício ao presidente da Câmara de Vereadores de Itumbiara (GO) recomendando que ele declare a extinção do mandato do vereador Fernando José de Andrade, condenado por improbidade administrativa e teve seus direitos políticos suspensos por 8 anos. Conforme esclarece o promotor, o parlamentar foi condenado por, no exercício da Presidência da Câmara Municipal, ter recebido, além do subsídio do cargo, verba de representação. Juntos, os recebimentos ultrapassavam o valor limite previsto pela Constituição Federal.

Após a condenação em primeiro grau, o vereador interpôs recurso alegando que o valor em acréscimo justificava-se em razão das responsabilidades administrativas do cargo, além de o valor possuir caráter pessoal e indenizatório, não sendo contabilizado no limite constitucional. Contudo, o Tribunal de Justiça de Goiás julgou inadmissível o recurso apresentado, tendo a sentença transitada em julgado no dia 6 de novembro.

Pela decisão, o vereador deverá restituir integralmente ao erário tudo o que recebeu indevidamente, em valor superior ao limite previsto constitucionalmente para o subsídio de vereador. Ele também deverá pagar multa civil no valor do acréscimo patrimonial obtido. Além disso, perdeu a função pública, teve os direitos políticos suspensos por 8 anos e está proibido de contratar com o poder público pelo período de 10 anos.

Outras recomendações

O promotor também requisitou à Câmara a cópia de todos os comprovantes de pagamento do vereador referentes ao período de julho de 2009 a dezembro de 2010. Reuder Motta também observou que, a cada dia de atraso no descumprimento da decisão de declaração da extinção do mandato do vereador, o presidente da Câmara prejudicará o direito político do vereador suplente, que poderá, inclusive, processá-lo pela omissão.

Fonte: Cristina Rosa/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO

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STF determina execução imediata das penas do mensalão

Por seis votos a cinco, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem (13) que réus condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, terão as penas decretadas imediatamente. A decisão foi tomada após os ministros rejeitarem os segundos embargos de declaração apresentados pelos réus condenados no processo. Dessa forma, os ministros determinam o fim do processo para alguns réus e a execução imediata das penas.

Na decisão, os ministros seguiram o voto divergente de Teori Zavascki. O ministro entendeu que todos os réus podem ter as penas executadas, mesmo aqueles que estão com embargos infringentes pendentes de análise. No entanto, a pena dos crimes questionada por meio deste tipo de recurso não será computada inicialmente. Dos 25 condenados no processo, 12 tinham direito e apresentaram os infringentes.

Esses recursos também valem para os réus que não obtiveram quatro votos pela absolvição. Como o voto divergente foi vencedor, o STF ainda está fazendo levantamento dos reús que serão presos imediatamente. O relator da ação penal, Joaquim Barbosa, foi voto vencido e posicionou-se pela execução da pena dos 21 réus condenados no processo.

Entre os réus condenados que começarão a cumprir pena estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente nacional do PT José Genoino, o ex-tesoureiro nacional do PT Delúbio Soares, o empresário Marcos Valério e seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. Também fazem parte o delator do mensalão, Roberto Jefferson, os deputados federais Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT); os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE), Romeu Queiroz (PTB-MG) e Bispo Rodrigues (PR-RJ).

No entanto, durante a sessão, marcada por confusões e discussões acaloradas, não ficou claro quantos réus efetivamente começarão a cumprir penas imediatamente. Um dos que inicialmente fica fora da cadeia é o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que teve um embargo de declaração aceito pela corte. De acordo com a assessoria do STF, a corte vai verificar quantos réus começam a cumprir pena efetivamente.

Fonte: Congresso em Foco

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TJMG solta ex-secretário de Itacarambi (MG) por lentidão do processo

Devido à lentidão do processo, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) colocou em liberdade o ex-secretário de Administração da Prefeitura de Itacarambi (MG), Nestor Fernandes de Moura Neto. Ele teve a prisão temporária decretada no dia 27 de maio deste ano, juntamente com a esposa Daniella Pinto Mota, durante a “Operação Sertão-Veredas”, realizada pela Polícia Federal com o objetivo de desarticular organização criminosa que desviava recursos públicos de vários municípios da região norte de Minas Gerais.

Nestor Fernandes de Moura Neto é acusado de associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e de "apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-las em proveito próprio ou alheio" (art. 1º, I, do Decreto-Lei n. 201/67).

A prisão havia sido decretada nos autos da Medida Cautelar Criminal nº. 0352.12.007.997-0, ajuizada em 11 de dezembro de 2012. Nela o Ministério Público de Minas Gerais, através dos promotores de justiça Franklin Reginato Mendes, Daniela Yokoyama, Bruno de Oliveira Muller e Paulo Márcio da Silva pediram e o juiz David Pinter Cardoso, da 1ª Vara da Comarca de Januária, deferiu a condução coercitiva de Maria Margarida Araújo dos Santos, Dalmar Ferraz de Melo Júnior e Wilson Luiz de Souza, além da prisão temporária de Marcus Vinícius Crispim, o “Corbi”, seu irmão Franklin Kenedy Crispim, David Gonçalves Taboadas, João Alves Teles, Jurandi Arruda Morais, Pablo Moisés Durães Campos, Nestor Fernandes de Moura Neto, Daniela Pinto Mota, do ex-prefeito de Itacarambi, Rudimar Barbosa, Fábio Ferreira Durães, Fabiano Ferreira Durães, do advogado Vandeth Mendes Júnior e do ex-secretário de Saúde de Januária e então secretário de Fazenda da Prefeitura de Itacarambi, André Rodrigues Rocha.

A ordem de Habeas Corpus foi concedida no dia 6 de novembro e a decisão publicada no Diário do Judiciário Eletrônico desta terça-feira (12).

O julgamento foi confuso. No início do julgamento, o pedido de liberdade estava sendo negado por dois desembargadores da 4ª Câmara Criminal do TJMG, o relator Júlio Cezar Guttierrez e Doorgal Andrada. Ambos rejeitavam a tese defensiva de que o ex-secretário estaria sofrendo constrangimento ilegal, por estar preso há mais de 150 dias sem que houvesse sido designada audiência de instrução e julgamento.

Para eles, “os prazos legais destinados á consecução de cada ato processual, bem como o prazo total para o encerramento da instrução criminal, não são absolutamente rígidos, não tendo a sua superação, por si só, o condão de ensejar o imediato e automático reconhecimento de constrangimento ilegal por excesso de prazo na formação da culpa”.

Entretanto, após o voto divergente do desembargador Correa Camargo, seu colega Doorgal Andrada mudou o voto inicial e ficou favorável à libertação do ex-secretário.

De acordo com Camargo Correa, “analisando detidamente os autos, constata-se que o paciente encontra-se preso preventivamente desde o dia 02/06/2013, encontrando-se, contudo, custodiado até a presente data, sem que tenha sequer ocorrido a audiência de instrução e julgamento”.

Desse modo, afirmou Camargo Correa, “verifica-se que a segregação cautelar do paciente já perdura por período superior a 150 (cento e cinquenta) dias, ultrapassando em muito qualquer prazo razoável para a formação da culpa, mormente por não ter havido sequer a designação de audiência de instrução e julgamento”.

Atuaram em defesa de Nestor Fernandes de Moura Neto os advogados Antônio Adenilson Rodrigues Veloso e Hebert Carlos Mourão Veloso.

Leia aqui a íntegra da decisão.

Fonte: Blog do Fábio Oliva

 

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Seminário Lei da Ficha Limpa

No próximo dia 25 de novembro acontece em São Paulo o Seminário Lei da Ficha Limpa (LC 135/10): Aplicação Plena nas Eleições de 2014. O evento é uma iniciativa do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, com o apoio da Escola de Contas Públicas, Ministério Público Estadual e Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional, Escola Superior do Ministério Público de São Paulo, Procuradoria Regional Eleitoral no Estado de São Paulo e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

O público alvo são operadores do direito, entidades da sociedade civil, cidadãos e cidadãs.

O seminário, que começa às 9h, terá as seguintes palestras:

– Aspectos referentes à LC 135/10
Dr. Marlon Jacinto Reis (Membro da Executiva Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral)

– O Tribunal Regional Eleitoral e a LC 135/10
Dr. Alceu Penteado Navarro (Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo)

– O Tribunal de Justiça e a LC 135/10
Dr. Samuel Alves de Melo Júnior (Presidente da Seção de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo)

– O Ministério Público de São Paulo e a LC 135/10
Dra. Denny Angelo de Caroli(Promotora de Justiça – Assessora Eleitoral da Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo)

– LC 135/10 nas Eleições de 2012 – retrospectiva e avanços necessários
Dr. André de Carvalho Ramos (Procurador Regional Eleitoral no Estado de São Paulo)

– O cadastro nacional: avanços na aplicação da LC 135/10
Dr. Gilberto Valente Martins (Membro do Conselho Nacional de Justiça)

– O Ministério Público de Contas e a LC 135/10
Dr. Celso Augusto Matuck Feres Junior (Procurador Geral do Ministério Público do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo)

– O papel do TCESP na aplicação da LC 135/10
Dr. Antonio Roque Citadini (Conselheiro-Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo)

SERVIÇO: 
Evento: Seminário Lei da Ficha Limpa (LC 135/10): Aplicação Plena nas Eleições de 2014
Data: 25 de novembro de 2013
Horário: 9h às 13h30
Local: Auditório Nobre Professor José Luiz de Anhaia Mello
Endereço: Avenida Rangel Pestana, 315 – Centro – São Paulo
Inscrições: Aqui

 

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Corrupção vira ônus para empresas

A entrada em vigor em fevereiro da nova lei anticorrupção brasileira, que prevê pesadas multas a companhias envolvidas em corrupção, foi o incentivo financeiro que faltava para que os empresários busquem criar e fortalecer processos de controle interno. "As empresas estão percebendo que medidas de transparência agregam valor de mercado. Se uma empresa não tem processos sólidos, ela já entra prejudicada na negociação", disse Carlos Peres, sócio da Price WaterHouse & Coopers Brasil, em seminário em Curitiba.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Edison Campagnolo, – que promoveu fórum sobre o tema da transparência – a corrupção é um ônus financeiro para as empresas que será ainda mais facilmente percebido com a nova lei. "Essa é uma questão que prejudica e muito a competitividade da indústria. A sociedade paga caro por uma situação que se arrasta há muito tempo", afirma Campagnolo".

Sancionada em agosto sob a pressão dos protestos, a nova lei prevê que empresas pegas em atos ilícitos contra a administração públicas sejam punidas com multas de até 20% do faturamento, proibidas de fazer contratos com o governo e até mesmo extintas.

Tais punições, porém, poderão ser abrandadas caso as companhias tenham mecanismos internos de auditorias e de incentivos a denúncias, por isso a corrida agora para criar departamentos de controle e códigos de condutas.

O diretor-presidente da Ong Amarribo (que atua na área de transparência), Josmar Verillo, disse que acompanha no momento a implantação de seis códigos de conduta de empresas.

"Dá muito trabalho ser transparente, é um aprendizado, você tem que mudar toda a empresa e responder a questionamentos. Mas é algo que passa a fazer parte da cultura da empresa", diz.

Apesar de a adoção de códigos de conduta e a implementação de procedimentos de auditoria não garantirem que uma empresa não será envolvida em corrupção, Peres afirma que mecanismos de controle interno garantem de "forma muito relevante" que a direção da empresa se inteire de casos.

Na Braskem, por exemplo, sistemas de compras e pagamentos a fornecedores são informatizados e qualquer operação fora do normal é automaticamente reportada ao departamento de compliance.

"Um sistema de compliance é importante para mitigar riscos e proteger os funcionários. O melhor patrocínio que a alta administração pode dar é a tolerância zero", disse a chefe de segurança empresarial da Braskem, Olga Pontes.

Para a professora da Universidade de Toronto, Mariana Prado, a nova lei muda o foco da discussão. Se até agora a corrupção era vista como um ato político, a lei aumenta a punição ao corruptor.

"A única lei que faltava era sobre responsabilidade objetiva das empresas", Mariana "Agora o Brasil tem tudo para combater a corrupção". Mariana alerta que a demora no julgamento nos processos pelo judiciário e o excesso de formalismo na aceitação de provas serão dificultadores na aplicação da lei. "Discute-se agora as reformas judiciais necessárias para que a lei seja melhor aplicada", conclui.

Dados da Unitar (Instituto para Treinamento e Pesquisa das Nações Unidas) mostram que a corrupção custa ao Brasil R$ 85 bilhões por ano – o país ocupa o 69º lugar no ranking de maior percepção da corrupção, da Transparência Internacional, com 174 países.

De acordo com a chefe do setor de Transparência e Anticorrupção do Pacto Global das Nações Unidas, Olajobi Makinwa, lidar com a corrupção aumenta 10% o custo de produção das empresas.

Para Olajabi, é essencial que as empresas atuem em conjunto para "igualar o jogo" e dificultar a ação de agentes públicos corruptos. "Empresas têm poder, têm dinheiro e têm influência para lutar contra a corrupção. Precisamos convencer os governos de que eles precisam implementar e fazer cumprir as leis totalmente para que as empresas também sejam protegidas", completa.

Fonte: Lorenna Rodrigues/Valor Econômico

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XIV Seminário Internacional Ética na Gestão

Com o tema Ética, Democracia, Justiça e Mobilização Social, o XIV Seminário Internacional Ética na Gestão, promovido pela Comissão de Ética Pública (CEP), acontece nos dias 28 e 29 de novembro. O encontro visa contribuir para a efetividade e sustentabilidade das ações de promoção da ética, junto aos integrantes do sistema de gestão da ética, demais agentes públicos e a sociedade brasileira.

Os objetivos do evento são implantar ações de divulgação, participação e prestação de contas à sociedade e às demais instituições envolvidas na alta administração federal, membros das comissões de ética previstas nos Decretos 1.171/1994 e 6.029/2001, agentes públicos, pessoas físicas ou jurídicas que se relacionam com entidades e órgãos da administração pública e da sociedade brasileira; e disseminação de informações sobre os assuntos relacionados à ética no serviço público.

Desta forma, conseguir compartilhar experiências e instrumentos para implementação da ética no Poder Executivo Federal; avaliar o progresso nas ações de gestão da ética na Administração Pública Federal, promovendo, assim, debates de temas relacionados à ética, envolvendo agentes públicos e especialistas.

O seminário é destinado a integrantes de Comissões de Ética, agentes públicos com responsabilidades pela gestão da ética nas entidades e nos órgãos do Poder Executivo Federal e de outros poderes, especialistas nacionais e estrangeiros, além de representantes da sociedade civil e do setor privado.

Estão programados sete painéis e diversos palestrantes e debatedores para o evento. Entre eles, a Diretora de Combate à Corrupção da AMARRIBO Brasil, Lizete Verillo. Ela participará do painel 5 com o tema Ética e Exercício das Liberdades, que acontecerá no dia 29 de novembro, das 10h30 às 12h30. 

Programação:

28 de novembro

8h30 – 9h: Credenciamento
9h – 10h30: Abertura
10h30 – 12h30: Painel 1 – Estratégias de Gestão para Mobilização e Disseminação da Ética na Administração Pública
         Palestrantes: Ulisses Schwarz Viana, Clóvis de Barros Filho e outro a confirmar.
12h30 – 14h: Intervalo para o almoço
14h – 16h: Painel 2 – A Democracia como Condição Necessária para a Implantação da Ética
         Palestrantes: Ives Gandra Martins, Carlos Monforte e Ricardo Ubiraci Sennes.
16h – 16h15: Intervalo
16h15h  – 18h15: Painel 3 – Jurisdição Constitucional e o Combate à Corrupção
          Palestrantes: Carlos Ayres Britto, Marcelo Alves Dias de Souza e Maria Lúcia Fattorelli.

29 de novembro

8h30  – 10h30: Painel 4 – Ética e Mobilização Social
          Palestrantes: Vanderlei de Oliveira Farias, Raimundo Nonato da Silva, Rosa Maria de Sousa e Albuquerque Barbosa
10h30 – 12h30: Painel 5 – Ética e Exercício das Liberdades
          Palestrantes: Lizete Verillo, Noemia Aparecida Garcia Porto e João Batista Damasceno.
12h30 – 14h: Intervalo para o almoço
14h – 15h30: Painel 6 – Respeito aos Direitos Humanos: Uma Análise Ética
          Palestrantes: Luíza Erundina, Martín Almada e outro palestrante a confirmar.
15h30 – 15h45: Intervalo
15h45 – 17h30: Painel 7 – Ética e Educação
          Palestrantes: María Stella Cáceres, Cristovam Buarque e Roberto Romano.
17h30 – 18h: Encerramento

SERVIÇO:

Evento: XIV Seminário Internacional Ética na Gestão: Democracia, Justiça e Mobilizção Social
Data: 28 e 29 de novembro de 2013
Horário: 8h30 às 18h15
Local: Dúnia City Hall
Endereço: SHIS Ql 15 – Lago Sul, Brasília
Incrições: http://goo.gl/rbzQfw
Informações:  Secretaria Executiva da Comissão de Ética Pública (61) 3411 3192 ou 3411 3194 – eticase@planalto.gov.br

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Associações civis tomam as rédeas do combate à corrupção

Usar a força do cidadão para combater a corrupção é o grande objetivo de grupos populares, cada vez mais comuns, que tentam fiscalizar, denunciar e cobrar punição aos envolvidos em fraudes e desvios de dinheiro público. Organizações não governamentais (ONGs) e associações criadas sem vínculos político-partidários espalhadas pelo país acompanham os trabalhos desenvolvidos por gestores municipais.

As atividades, que vêm ganhando adeptos em todo o Brasil, começam a dar bons resultados: cassação de gestores, afastamento e prisão de políticos, reparo em obras e até mesmo a devolução de verbas desviadas são alguns dos benefícios de quem dedica parte do tempo para o bem comum: a boa administração pública.

Estudo

Em todo o país, de acordo com dados da Amarribo Brasil, uma ONG sem fins lucrativos, há 230 organizações voltadas para a fiscalização da gestão pública.

“Nosso objetivo é acompanhar tudo que deve ser investido e utilizado para o bem de toda a população”, explica a diretora da Rede de ONGs Amarribo Brasil, Lizete Verillo. Em Minas Gerais, de acordo com a organização, esse número soma 60 instituições.

Na região Norte do Estado, uma das mais pobres do país, seis associações acompanham de perto os investimentos em saúde, educação e saneamento básico nos municípios. Em Januária, a iniciativa de denunciar crimes contra desvios de recursos públicos nasceu após uma tragédia familiar.

“A precariedade da assistência médica na cidade acabou causando a morte do meu pai”, conta Fábio Oliva, fundador da Associação Amigos de Januária (AsaJan).

O resultado: de 2004 a 2013, a população de Januária contabilizou oito gestores na administração municipal. Pelo menos cinco deles foram cassados ou afastados do cargo por algum tipo de envolvimento com fraudes.

Em Montes Claros, o Comitê Contra a Corrupção também coleciona bons frutos. O grupo composto por dez pessoas é responsável por um verdadeiro pente fino durante o período eleitoral. Pelo menos dois vereadores tiveram os mandados cassados por compra de votos.

“Infelizmente, a compra de votos nas eleições é uma prática bastante comum. Fazemos um trabalho de formiguinhas, conscientizando a população e denunciando irregularidades à Justiça”, explica a integrante do comitê, Sônia Gomes Oliveira.

Montalvânia

Oito anos de desvios de verba e superfaturamentos em obras públicas. Os 15.862 habitantes de Montalvânia viram parte dos recursos destinados ao município “sumir” dos cofres públicos.

“Era uma cidade sem lei. A administração municipal não tinha a preocupação de acompanhar os gastos de secretários em obras públicas”, conta o presidente da Associação Amigos de Montalvânia, Geraldo Flávio de Macedo.

Após oito anos de investigação, um dos políticos que lideraram os desvios foi preso. A cidade agora luta para recuperar a verba furtada.

Fonte: Gabriela Sales/ Hoje em Dia

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Corrupção é uma barreira no crescimento da América Latina, afirma conselheiro da ONU

Economia, impunidade e corrupção são os três fatores que devem ser melhorados na América Latina para que ela possa acompanhar o crescimento econômico e de desenvolvimento humano que enfrenta. O alerta foi feito pelo Conselheiro Regional para a América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Gerardo Berthin, durante o painel “Parcerias no combate à corrupção”, no Fórum Transparência e Competitividade, promovido pelo Sistema Fiep e pelo Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (Unitar), em Curitiba. “Sozinhas, as empresas não vão conseguir combater a corrupção, é necessária uma ação coletiva”, explica Berthin, citando quatro níveis de parceria: individual, institucional, setorial e coletiva.

Compreender as orientações dos órgãos de controle do poder público, dialogar sobre as lacunas na relação público-privada e explorar quais são as possíveis alianças no combate à corrupção foram os outros temas abordados pelos integrantes do mesmo painel.

O debate, mediado pela jornalista do canal Globo News, Mônica Waldvogel, teve a participação do coordenador do Movimento Paraná Sem Corrupção; Eduardo Cambi; do Gerente de Políticas Públicas do Instituto Ethos, Caio Luiz Carneiro Magri e do presidente do ISAE/FGV e presidente do Chapter Brasil do Principles for Responsible Management Education(PRME), Norman Arruda.

Arruda lembrou que o esgotamento da população com práticas corruptas levou a um engajamento coletivo e que a educação é uma das vertentes nesse combate. “Não se muda a cultura da corrupção só com um processo, decreto ou legislação, mas com educação”, defendeu.

Para Caio Magri, do Instituto Ethos, as leis servem de orientação do que não fazer nas empresas. Porém, ele afirma que espaços de debate, como esse do Fórum, têm função pedagógica nesse enfrentamento. “Não adianta ter apenas órgãos só de controle e pressão, são necessárias mudanças que induzam a uma mudança de comportamento”, destacou. “O corrupto não existe sem o corruptor. É preciso combater a impunidade e educar para o exercício da cidadania”, disse Eduardo Cambi, do Movimento Paraná Sem Corrupção.

Fonte: Agência FIEP

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Os donos da Casa do Povo de Valinhos

Em Valinhos, SP, é corriqueira a impossibilidade de cidadãos entrarem na Câmara Municipal sem prévia autorização dos vereadores ou funcionários da casa. Ali só se entra com hora marcada e identificação completa – inclusive de endereço, profissão, telefone e com direito a foto – ou, pela benevolência de algum funcionário que aceite a entrada de alguém no prédio.

Ocorre que a Câmara Municipal é a “Casa do Povo”, construída com o dinheiro deste e para acolher não só seus representantes, mas também o próprio povo que deseja diretamente falar com os digníssimos eleitos ou os que os representem na administração pública. Esse é o entendimento, por exemplo, da Câmara do Município de São Paulo e, inclusive, da Câmara dos Deputados, onde não é necessário que alguém “permita” a entrada de cidadãos que desejam circular livremente em espaços construídos com seus tributos e para seu próprio benefício.

Mas assim não entende o Presidente da Câmara de Valinhos, Lourivaldo Messias de Oliveira, e os funcionários da repartição sob seu julgo. Nem mesmo advogados no exercício de suas funções – que por determinação do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, não podem ser privados de qualquer acesso a repartições públicas – podem circular livremente pelo local.

E não é só. O Presidente e seus funcionários também não permitem a utilização do espaço público da Câmara para a realização de eventos que visam contribuir para a formação cultural da cidade. Segundo a Câmara, aos sábados – sabidamente o dia mais apropriado para realização de eventos de caráter educativo para uma população, que durante a semana trabalha e estuda – não é permitida a realização de eventos que não sejam artísticos. Dança, música e teatro podem ser abrigados no espaço da Câmara Municipal, mas eventos de educação e cidadania não.

No último mês de outubro, Lourivaldo e a diretora de comunicações da Câmara trabalharam juntos para impedir a realização de um evento que teria por fim a realização de palestras sobre transparência da administração pública, combate a corrupção, o Ministério Público como aliado da população e os direitos via Sistema Único de Saúde no âmbito municipal. A promoção do evento vinha sendo feita pelo Movimento pela Transparência e Controle Social de Valinhos  um grupo de ativistas voluntários do munícipio inspirados em trabalhos de organizações como a AMARRIBO Brasil, o Observatório Social do Brasil e a Artigo 19. Sob pressão do MTCS, que enviou parecer a todos os vereadores sobre a necessidade de adoção de uma regulamentação e os problemas de projetos apresentados por vereadores que não prezam nem pela gratuidade do pedido de informação, a Câmara Municipal de Valinhos aprovou na noite do último dia 5 de novembro o PL que regulamenta a Lei de Acesso à Informação. A lei continua sem prever a gratuidade de pedidos de informação e contém outras diversas irregularidades – como a falta de prazos para resposta – que serão fruto de análise do MTCS.

O pedido de utilização de espaço da Câmara para realizar o mencionado evento foi negado pela diretora de Comunicações, Denise Gonçalves Giunco, primeiramente com base em ato da Mesa Diretora da Câmara que determina que apenas eventos culturais poderiam ser realizados aos sábados. Obviamente, uma palestra educativa e de interesse público tem caráter cultural, motivo pelo qual Denise disse em reunião presencial com membros do MTCS que o pedido seria ao fim deferido. No entanto, tal deferimento possuía uma condicionante a mais: o MTCS deveria apresentar estatuto social, CNPJ e devida representação para seus atos. Ou seja, não podem utilizar a Câmara os cidadãos comuns de Valinhos, apenas aqueles que possuem uma organização formalmente constituída e registrada. A desculpa da funcionária é que sem tal condição a Câmara ficaria desprotegida contra eventuais danos sofridos pelo órgão.

O MTCS entende que o caráter do evento – cuja agenda foi protocolada com o pedido de utilização do espaço – já provava a incongruência do argumento da funcionária. Palestras educativas, ministradas inclusive por autoridades como promotores públicos, ex-secretários da saúde da região e representantes de renomadas organizações de direitos humanos nacionais, jamais poderiam ser interpretadas como potenciais causadoras de danos ao patrimônio público. No mais, a Câmara continua tendo a faculdade/obrigação da proteção de seu próprio patrimônio quando este é utilizado por cidadãos. Por fim, nada jamais impediria o órgão de acionar eventuais responsáveis por um eventual e improvável dano sofrido.

Os membros do MTCS explicaram que o movimento não possuía estatuto ou CNPJ, uma vez que eram um movimento social cidadão. A diretora Sra. Denise Giunco disse então que esse não poderia ser considerado um movimento juridicamente válido para fazer pedidos administrativos perante a Câmara. Disse ainda que desconhecia a validade jurídica de atos praticados por movimentos como este. Obviamente a Sra. Denise desconhece a validade de atos praticados por organizações de reconhecido profissionalismo na área de direitos humanos e políticas públicas como a ABRACCI – movimento sem estatuto ou CNPJ que atua no combate à corrupção em âmbito nacional e que faz parcerias inclusive com a Controladoria Geral da União, um dos órgãos de maior idoneidade da Administração Pública do país. 

Não querendo prolongar a discussão, o membros do movimento valinhense propuseram-se a fazer novo pedido de utilização do espaço para o evento, agora em nome de organização parceira que possuía os requisitos incongruentes requisitados pela Câmara. Disseram os integrantes do grupo que fariam um aditamento (reforma) do pedido inicial, apenas para incluir o nome da organização parceira. A Sra. Denise requereu então que não fosse feito o aditamento, mas um novo pedido, uma vez que assim determinava o regime administrativo dentro do órgão para o qual ela trabalha.

De boa-fé, o MTCS fez novo pedido, agora em conjunto com a organização de direitos humanos municipal Dorothy Stang. Não contavam, no entanto, com o ato da diretora de comunicação, senhora Denise Giunco, e do Presidente da Câmara, senhor Lourivaldo de Oliveira, que passaram ato normativo na Câmara dois dias antes do protocolo do novo pedido, para que apenas eventos artísticos de dança, música e teatro pudessem ser realizados aos sábados no órgão.

Ao serem informados do indeferimento do pedido de utilização de espaço público, os membros/advogados do MTCS dirigiram-se à Câmara para informar ao Presidente Sr. Lourivaldo e à diretora de comunicação  Denise que o ato normativo que haviam construído com o intuito de barrar o evento do grupo não poderia ser utilizado naquele momento, pois sua publicação na imprensa oficial foi posterior ao pedido de utilização do espaço – ou seja, não tinha validade jurídica para aquele pedido. A intenção era evitar um embate jurídico no qual o MTCS pediria em juízo o reconhecimento da invalidade do ato que tentava propositadamente inibir a realização de um evento de alto interesse da população valinhense.

Ao chegarem à Câmara Municipal, identificaram-se, fornecendo seus nomes e informando serem advogados e membros do MTCS. Foi dito pela recepcionista que o Presidente estaria almoçando, e que não poderia recebe-los. Perguntaram, então, pela senhora Denise Giunco, ao que foi dito que estaria em reunião e também não poderia recebe-los. Devido à urgência do pedido, foi perguntado pelos advogados e membros do MTCS se haveria alguém no gabinete do Presidente, ao que foi respondido que estaria lá a senhora Ana (nome completo desconhecido pelo grupo). Os advogados comunicaram que iriam até lá conversar com a funcionária e explicar o motivo da visita. A recepcionista tentou impedi-los de entrar, dizendo que só poderiam adentrar o prédio da Câmara Municipal com autorização.

A Câmara Municipal é um órgão público destinado a receber a população a qualquer momento, sendo absurdo o fato de a atual gestão não autorizar os cidadãos a ingressar no prédio livremente. A Câmara Municipal de um município é comumente referida como a “Casa do Povo”, e assim deve ser, recebendo livremente aqueles que vão em busca de orientação, explicações ou soluções aos seus problemas. Os vereadores são eleitos pelo povo para representa-lo, e desta forma acolher as demandas trazidas pelos cidadãos e tomar as providências competentes.

Ao ingressar no gabinete, o advogado e membro do MTCS se identificou e começou a expor a razão de sua visita à senhora Ana, ao que o Presidente da Câmara, senhor Lourivaldo Messias de Oliveira, ingressou na sala e passou a indagar sobre as atividades do MTCS. Ao tentar explicar o trabalho do Movimento, o advogado foi interrompido pelo Presidente, que disse irritado que o prédio não era a “casa da mãe Joana”, e que ele não poderia entrar lá sem a sua autorização. Os advogados argumentaram que se tratando de órgão público, estavam no seu direito de cidadãos de estarem ali, e que vieram apenas tentar resolver uma questão de maneira pacífica, para que não houvesse a necessidade de impetrar um Mandado de Segurança em face do ato de indeferimento do uso do espaço público da Câmara.

Apesar das incessantes tentativas de estabelecer um diálogo, os advogados e membros do MTCS continuaram sendo tratados como intrusos pelos funcionários do órgão – estando presentes o Presidente da Câmara, a Diretora de Comunicação, Denise Giunco, um funcionário que inicialmente não quis se identificar (mas que, após ser alertado pelo advogado que por ser funcionário público, tinha a obrigação de se identificar, disse que seu nome era Antonio Cosmo), e a senhora Ana (cujo sobrenome não é sabido pelos integrantes do MTCS).

A atitude hostil dos funcionários diante da situação foi documentada através de gravação – sobre a qual estes foram informados que estava ocorrendo.  No áudio obtido, observa-se o modo como o Presidente da Câmara se mostra alterado, erguendo a voz com os integrantes do Movimento a todo momento. Ademais, houve total falta de respeito para com os advogados, tendo o Presidente chamando-o de “rapaz”, enquanto este se referia àquele com todo o respeito esperado. O funcionário Antonio Cosmo, o qual parece ser segurança do prédio, também tratou os integrantes do movimento com repressão, se impondo fisicamente e direcionando-os à saída, tendo inclusive reprimido a recepcionista por tê-los deixado ingressar no prédio e dizendo a ela que não poderia deixar mais ninguém ingressar sem a autorização da segurança.

Fato interessante é o da senhora Ana dizer aos advogados que em toda empresa deve-se haver identificação e autorização para ingresso. A comparação de um órgão público a uma empresa mostra de maneira clara o modo como a atual gestão vem tratando a Câmara Municipal (como de sua propriedade). Também interessante é a atitude de Denise Gonçalves Giunco, que afirmou que os advogados em exercício de suas funções estariam cometendo o crime de desacato a funcionários públicos, tentando assim coibi-los da utilização de suas prerrogativas.

Inconformados com o modo como foram hostilizados, os membros do MTCS lavraram Boletim de Ocorrência em face dos funcionários e pretendem tomar medidas para que este tipo de situação absurda não se repita para com a população.

Sobre o indeferimento do pedido de uso, ao que parece, o atual Poder Legislativo está restringindo o uso de um espaço público a sua própria vontade, privando a população de utilizar este espaço a seu favor. O MTCS se indigna com o fato de a Câmara Municipal optar por manter seu espaço inutilizado durante o dia 23 de novembro, ao invés de cedê-lo para o recebimento de um evento de suma importância para o exercício de cidadania para a população.

Diante deste relato, o MTCS insta a Câmara Municipal de Valinhos, por meio de seus vereadores e demais funcionários a:

1 – Permitir a entrada livre de todo e qualquer cidadão que deseje adentrar em espaço público de membros eleitos pelo povo;

2 – Permitir a utilização de espaço público por qualquer pessoa ou organização que objetive realizar evento ou ato de interesse público, independentemente de possuir CNPJ ou estatuto social;

3 – Não esconder sua identidade no exercício de suas funções públicas;

4 – Respeitar as prerrogativas de advogados em exercício de suas funções, que segundo Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, não podem ser impedidos de entrar em qualquer repartição pública (art. 7º) e devem ser tratados com respeito (art 6º).

5 – Não tentar intimidar cidadãos e advogados de exercerem seus direitos à livre expressão e acesso à informação por meio de ameaça de cometimento de crime de desacato a funcionários públicos – tipificação penal de caráter repressivo, reprovada internacionalmente no âmbito interamericano de direitos humanos e que já foi rejeitada pelo atual projeto de reforma do código penal pátrio. Lei mais aqui.

Autoria: Alexandre de Oliveira Andrade Moraes Sampaio
OAB/SP 297.043

A Diretora de Comunicação da Câmara Municipal de Valinhos entrou em contato com a AMARRIBO Brasil e solicitou direito de resposta a esta matéria, o qual foi cedido através da publicação da nota abaixo:

Aos editores do site da Amarribo

Sobre a publicação no site da Amarribo, com o título “Os donos da Casa do Povo de Valinhos”, de 11/11/13 venho, por meio desta, mostrar minha indignação com relação à publicação que se baseia apenas em uma fonte de informação, contrariando o que há de mais precioso no jornalismo: ouvir todos os lados envolvidos na mesma questão.

Eu jamais esperava esta postura de uma entidade como a Amarribo, que eu tenho como referência de pesquisa em publicações desde a fundação e louvo o trabalho. Eu também tenho histórico de combate à corrupção, por isso, a minha indignação ser ainda maior. O site da Amarribo se baseou em relatos mentirosos, motivo de apuração.

É importante esclarecer que a Câmara de Valinhos está em prédio novo desde dezembro de 2012. Em setembro último, por exemplo, sediou 16 eventos; em outubro, 19 eventos; e em novembro, a agenda prevê 22 eventos, dos mais variados, desde sessões ordinárias, CPIs, formaturas, música, debate, simpósio, teatro, entre outros, feitos pela própria Câmara e também por terceiros, já que os espaços do Legislativo são fornecidos gratuitamente à população valinhense.

A cidade de Valinhos não possuía, até o mês passado, local para realização de eventos de natureza gratuita. Um auditório da Prefeitura estava interditado. Isto fez com que a população valinhense recorresse ao prédio da Câmara, que possui um anfiteatro. O Legislativo está sempre de portas abertas para toda a população valinhense. Por isso, o MTCS mente, descaradamente.

Justamente para preservar o patrimônio público, a Câmara foi obrigada a editar regras mínimas de utilização dos dois plenários, já que a procura é grande.

Todos que utilizam as dependências da Câmara assinam um Termo de Cessão de Uso dos Plenários, inclusive a Prefeitura. A entidade que utiliza as dependências da Câmara fica responsável pelo patrimônio público, por isso, o Termo de Cessão de Uso. Caso ocorra algum dano, o Poder Legislativo está assegurado e o cidadão não arcará com custos desnecessários.

O MTCS, representado pelo Sr. Alexandre Sampaio, que se diz presidente do tal movimento, falta com a verdade ao dizer que a Câmara está restringindo as pessoas de adentrarem ao prédio. Os números de visitantes mostram exatamente o contrário.

Falta com a verdade quando diz que as pessoas só entram no prédio com hora marcada. Eu mesma já o atendi sem hora marcada e após o expediente das 17h. Aliás, eu o atendi mesmo sem saber quem eram o sr. Alexandre e a sra. Ana Letícia e que instituição representavam. Os atendi como atendo a todas as pessoas que procuram o Departamento de Comunicação da Câmara de Valinhos. Se a Amarribo quiser testemunhas sobre este tipo de atendimento, pautado pelo respeito, posso conseguir e enviar-lhes.

Eu atendi o sr. Alexandre e a sra. Ana Letícia sem saber que estava sendo gravada por eles, postura contestável e desnecessária para um movimento que diz combater a corrupção. Nesta mesma data em que eu os atendi – 22 de outubro – o sr. Alexandre e a sra. Ana Letícia percorreram e protocolaram documento em todos os gabinetes de vereadores, sem serem anunciados. A Amarribo possui esta informação? O que se pede, na entrada do prédio, é somente uma identificação, como ocorre em qualquer órgão público ou empresa privada, justamente para se preservar o patrimônio público que, na Câmara de Valinhos, não são poucos. A Câmara possui uma TV Legislativa em canal aberto digital em fase de implantação, com equipamentos caros.

São 17 vereadores, o que proporciona fluxo intenso de populares. Para democratizar ainda mais o acesso às informações, a Câmara tem uma TV onde são transmitidos todos os eventos da Casa, inclusive sessões legislativas. Inaugurou, no dia 24 de setembro, um telejornal. Além das transmissões, o Facebook da Câmara é alimentado on-line durante as sessões, democratizando ainda mais a informação. São encaminhados mais de 20 releases, semanalmente, aos veículos de comunicação, com informações dos vereadores e institucionais.

No primeiro semestre, a Câmara recebeu mais de 3 mil pessoas em eventos realizados nos plenários. Neste segundo semestre, o número ampliou. O MTCS falta com a verdade e a Amarribo não consultou o ‘outro lado’ para saber o que efetivamente ocorreu no caso específico, antes de publicar uma reportagem que afronta a dignidade de pessoas e afronta também preceito fundamental garantido pelo artigo 5º da Constituição Federal. Publicações sem critérios são um mal para a democracia e a vida de pessoas que trabalham e zelam pelo patrimônio público diariamente.

O sr. Alexandre falta com a verdade quando diz que não tratamos bem advogados. Tratamos bem não só advogados, como qualquer outro profissional ou cidadão, mesmo sem escolaridade, todos da mesma forma: com educação. Tratamos bem até mesmo quem se apresenta com atrevimento. Aliás, em outra oportunidade que esteve na Câmara, em 1 de novembro, o sr. Alexandre se apresentou como presidente do MTCS, depois gritou como advogado, colocando em risco a credibilidade de toda uma categoria de advogados, carreira da qual eu também faço parte (atualmente, licenciada), além de ser jornalista.

Jamais eu disse que desconhecia a validade jurídica de movimentos como o MTCS, justamente, por, na época, desconhecer o próprio MTCS. Movimentos que se prezam por defender os menos favorecidos ou mesmo combater a corrupção precisam, inicialmente, se pautar pelo respeito com o próximo.

Os funcionários desta Casa é que foram tratados de forma hostil pelo sr. Alexandre e a sra. Ana Letícia. O que era totalmente desnecessário. Era totalmente desnecessário o sr. Alexandre tirar um aparelho celular e dizer, como se tivesse uma arma em punho, que estava gravando a conversa (no dia 1 de novembro), aos berros e totalmente descompensado. Postura desnecessária, já que eram 12h35, horário de almoço e ninguém seria obrigado a atendê-los.

O sr. Alexandre e a sra. Letícia invadiram um prédio público, desrespeitando e intimidando funcionários, funcionários estes que trabalham com o objetivo único de zelar pelo bem que é de todos, pago com o dinheiro de todos nós. Se estivessem agindo de boa-fé não precisariam gravar conversas sem que seus interlocutores soubessem.

Por fim, a Câmara, em uma iniciativa do presidente Lourivaldo Messias de Oliveira, aprovou, na terça-feira da semana passada, a regulamentação municipal da Lei do Acesso à Informação, fato este omitido entre as informações prestadas pelo MTCS à Amarribo. Por fim, caso a Amarribo deseje, pode consultar termos de utilização de plenários de Câmaras de outras cidades, que possuem teatros e auditórios. A Câmara de Valinhos se baseou em experiências de outras cidades.

Para publicar qualquer notícia em seu site, a Amarribo teria, ao menos, de ter entrado em contato com as pessoas envolvidas em tal fato, apurar a informação. Isto para que a entidade não perca o que há de mais precioso com quem combate a corrupção: a credibilidade.

Certa de que a Amarribo irá levar estas informações em consideração, peço a publicação como esclarecimento, no mesmo espaço da reportagem veiculada pelo MTCS.

Denise Gonçalves Giunco
Jornalista MTb: 24.221
Diretora de Comunicação da Câmara de Valinhos

A AMARRIBO Brasil esclarece que não tem responsabilidade sobre a autoria da matéria “Os Donos da Casa do Povo em Valinhos” e que somente a replicou em seu site, via solicitação do Movimento pela Transparência e Controle Social de Valinhos.

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